segunda-feira, 24 de maio de 2010

Saussure - Uma abordagem imanente

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Quando entramos no curso de Letras e começamos nossos estudos sobre a linguagem, de imediato, ouvimos falar dele, Ferdinand de Saussure, isso porque não há como falar de Lingüística ou qualquer estudo moderno sobre a linguagem sem citá-lo como referência. Nascido em Genebra, no ano de 1857, foi um lingüista e filósofo cujo os estudos operaram uma ruptura com a lingüística histórica-comparatista dos neogramáticos, no final do séc. XIX.
Para Saussure a língua é um sistema convencional adquirido pelos indivíduos no convívio social e se caracteriza por ser “um produto social da faculdade de linguagem” (Saussure, Ferdinand, 1972, p.17). Ele vai definir a língua, por oposição a fala, como objeto principal da Lingüística e vai priorizar o caráter formal e estrutural da língua.Para ele, existe uma Lingüística da língua (interna) e uma Lingüística da fala (fatores externos) esta última, embora reconheça sua importância, não vai considerá-la em suas pesquisas. Após sua morte, em 1913, dois alunos seus – Charles Bally e Albert Sechehaye – a partir de anotações pessoais e cadernos de outros estudantes, publicaram, em 1916, o célebre “Cours de Linguistique Générale”. Esta obra será responsável pelo reconhecimento da Lingüística como ciência e a partir dela surge a corrente que será de suma importância para os estudos das demais “O Estruturalismo” e, com ela, inicia-se os estudos modernos sobre a Lingüística.
Apesar da importante colaboração de Saussure nos estudos da linguagem, sua abordagem imanente da língua foi, e é, duramente criticada por muitos estudiosos que o sucederam, pois segundo eles, estudar a língua apenas como sistema subjacente é limitar o conhecimento que se pode ter sobre o fenômeno lingüístico, pois tal abordagem representa apenas uma parte do fenômeno total.